No dia 19 de novembro de 2011 o grupo de jongo Dona Sú aportou na praça São Benedito, no portinho e fez valer mais uma noite de muita energia positiva que jorrou dos tambores. Durante o revezamento de ritmistas, tivemos nada mais nada menos que 5 tambores tocando sem parar e, o que é melhor e mais bonito ainda, ver que o “jongo do amor” (como carinhosamente decidimos chamar) reuniu jongueiros do grupo Jongados na Vida, Griot e nós, os anfitriões da festa, o jongo Dona Sú.
Ocupar a praça no dia 19 para ver a virada para o 20 de novembro foi um exercício onde o que interessou e importou foi estar com amigos e familiares de todas as cores e religiões. Unidos por uma energia irmanada na cultura popular e reverenciando Mestre Darcy do Jongo, falecido em 2001, mas que deixou seu legado em nossa alma.
Veja ao vivo os vídeos de Ridan Calixto e Bruno Teixeira (TX do GRIOT).
Dona Sú virá a Cabo Frio no dia 19 de Novembro de 2011 para dar o grito de liberdade em homenagem a Zumbi dos Palmares, junto ao grupo de jongueiros que leva o próprio nome da mestrinha. Formados dentro da associação TRIBAL, o grupo surgiu em 2006 (Janeiro) e começou como uma roda de ciranda mas só a partir de 2007, com a chegada de Rodrigo Folhes, em 2007 é que a TRIBAL passou a ter, de fato, um grupo de pessoas empenhadas em implantar o jongo. A Ciranda, que era totalmente intuitiva, passou a figurar de forma espontânea no grupo, enquanto o jongo ganhou corpo e foi sendo reforçado a partir de relações viscerais muito antigas entre os componentes do Núcleo de Cultura Popular da TRIBAL.
No início, quando ainda sabíamos muito pouco sobre os caminhos a seguir, éramos um grupo de curiosos; formados por Tatiana Prota Salomão, Valéria Salomão, André Amaral, Soraya Costa, Fernando Chagas, José Facury e Jiddu Saldanha com o incentivo dos membros da associação tribal o grupo foi aumentando e atraiu as presenças de Letícia Marques, Oswald Serrat, Louise Marrie, Bárbara Morais que compareciam nas reuniões para dançar uma ciranda intuitiva e espontânea.
Dona Sú, trata os membros do grupo de jongo como se fossem
seus filhos. Amor incondicional.
A chegada de Rodrigo Folhes, em 2007 foi definitiva para que o núcleo se configurasse de forma mais segura e fizesse do jongo sua principal atividade. Foi com ele que demos os primeiros passos: Aprendendo a tabiar, cantar alguns pontos, saber como era a formação de roda até que fizemos uma oficina sistemática com Dona Sú, para conhecer a cultura mais de perto. Após as oficinas com Dona Sú e Rodrigo Folhes, iniciou-se um processo de aclimatação com a prática constante e o difícil caminho de assimilação das sutilezas e filigranas exigidas para entender e mergulhar nos mistérios do jongo. Neste período o grupo passou por "reformas" internas. Foi um momento em que Soraya, Tatiana e André Amaral assumiram diversos compromissos em relação ao jongo; hora fazendo rodas intimistas no "Foguete", casa de Tatiana Prota e Valéria Salomão, hora indo ao Rio de Janeiro para algumas visitas a rodas de jongo, encontro com: Lúcio Braga, Leri e Filipi Araújo que frequentaram algumas de nossas rodas enquanto recebiam visitas de Tatiana, Soraya e André, posteriormente em rodas do Rio de Janeiro junto com Dona Sú.
No dia 13 de Maio de 2011 o Grupo de Jongo Dna. Sú, reuniu um número
grande de novos jongueiros e entusiastas na praça São Benedito. Um
momento de grande emoção e que consagrou a atividade cultural do
grupo.
O grupo já estava praticamente todo formado e contava com um time fixo de jongueiros que iam e vinham pelas rodas esporádicas da TRIBAL: André Amaral, Soraya, Tatiana, Letícia, Marcy, Jiddu, Fernando, etc...
Por volta de 2008 o grupo ganhou sua cara definitiva quando começou a fazer encontros sistemáticos na casa dos 500 anos e realizou uma segunda oficina com Dona Sú e neste período já somava a presença de Flavio Gonçalves que, junto com Rodrigo Folhes vinha da formação do grupo Jongados na Vida, discípulos diretos do mestre Darcy, da Serrinha e que fora companheiro de Dona Sú, quando ainda vivo e que portanto, consideramos a principal matriz do nosso jongo. Nossa linhagem surgiu dentro das universidades com Mestre Darcy e Dona Sú, através do grupo JONGADOS NA VIDA.
Depois veio o apoio e a presença do percussionista Vantuir Marques Carvalho, que passou a orientar a prática rítmica do grupo. Neste período o grupo alargou fronteiras e chegou a ter em seu quadro a presença de Marciah Fonseca, que já se dedicava à pedagogia da cultura afro-brasileira nas escolas de Cabo Frio e é fundadora do grupo GRIOT. O ano de 2008 recebeu também a presença de Carolina Grazinoli que trouxe para a roda sua vivência com capoeira passando alguns conceitos de formação de roda e busca de repertório.
Segunda oficina aberta de jongo da tribal com
Dona Sú, março de 2008.
Em 2009/2010 o grupo já tinha uma filosofia definida e aceitou diversos convites para jongar em eventos diversificados surgidos não só na cidade de Cabo Frio como nas cidades visinhas, tais como Búzios, Arral do Cabo, São Pedro da Aldeia, se estendendo até Niterói. O grupo "fincou sua tenda" no Largo de São Benedito, bairro da passagem, em Cabo Frio, fazendo sua roda mensal todo terceiro sábado do mês. Foi nesse ínterim que apareceu Pedro Rodrigues, já com um caminho percorrido junto à Cia Folclórica da UFRJ. Pedro passou a contribuir de forma solida para a formação de nossa roda orientando o grupo para um alargamento da percepção da cultura do jongo. O grupo foi ganhando corpo e aumentou de número com as presenças dedicadas de Mari Andrade, Christianne Rothier, Ravi Arrabal, Marcy, Marcelas Rimes, Rosângela Dorneles e Ridan Calixto. O time de músicos foi sendo reforçado aos poucos com a presença de Fernando Chagas que contribui muito para a articulação local do grupo perante a comunidade cabofriense, além de ser, junto com André Amaral e Pedro Rodrigues, um dos primeiros jongueiros do próprio grupo a compor ponto autoral para o jongo da TRIBAL.
Hoje o grupo conta com apoio de percussão por uma boa parte dos participantes: Tatiana Prota, Letícia Marques, Soraya Costa apoiadas por Vantuir e Paulinho com revesamentos nos tambores que inclui Carol Grazinoli. Na dança, todos os membros do grupo já aprenderam o tabiado e as formas de procedimentos na roda com estilos que variam nas formas de umbigada mas sempre no ritimo.
Com 5 anos de existência o grupo de Jongo Dona Sú se orgulha de manter
intacta sua formação inicial e conta com a presença de novos participantes
que chegam para ficar!
Hoje, com um repertório de músicas (pontos) oriundo de diversos grupos jongueiros do Rio de Janeiro, o grupo adquiriu instrumentos e já tem autonomia para revesar no canto, no toque dos tambores e na dança. Vem se aprimorando cada vez mais promovendo ensaios, rodas coletivas e apresentações nas cidades da região dos lagos com destaque para Cabo Frio.
Dia 19 de Novembro / 2011 um jongo em homenagem a Zumbi de Palmares.
Uma festa que reuniu muitos jongueiros antigos e novos.
Dona Sú visita o grupo em média duas vezes ao ano e contamos também com a vinda esporádica de Rodrigo Folhes que acompanha de fora as novidades e a expansão do grupo. Este ano, 2011 o núcleo de cultura popular da TRIBAL completou 5 anos de vida. Atualmente podemos contar com uma roda fixa e membros permanentes e também a presença de membros flutuantes que dão ao grupo sua sustentabilidade. A cada dia aumenta o número de pessoas interessadas em conhecer melhor a cultura do jongo e das outras rodas populares do núcleo, fazendo com que se adquira novos instrumentos e se consolide a cada dia o desenvolvimento e o conhecimento necessário para se fazer uma boa iniciação.
VENHA CONHECER O GRUPO DE JONGO DONA SÚ E SE GOSTAR, FAÇA PARTE DESTA FAMÍLIA!
Desde que o caminhão do ponto de cultura “Tribal Sobre Rodas da Animação” aportou por aqui não tivemos uma única “rodança” sem a presença do Núcleo de Cultura Popular da TRIBAL. O jongo e a ciranda estiveram presentes em Arraial do Cabo, Búzios, São Pedro da Aldeia e na querida Cabo Frio, cidade cede do projeto. Em cada lugar uma experiência vivida de forma única.
Em setembro de 2011 o caminhão da TRIBAL saiu às ruas e fez sua estréia
na praça de São Cristóvão, o resto é história!
Jongo no caminhão da TRIBAL. É o
grupo de jongo Dona Sú fazendo a
saia rodar!
O Aproximar a cultura ancestral na região sem deixar de vislumbrar os novos tempos onde as crenças religiosas variam em diversos ramos do cristianismo e que, no entanto, agora, tem a presença do jongo como cultura, expressão do povo banto, escravos que trouxeram esta cultura e que agora podem “dormir” sossegados.
Nosso jongo tem sua matriz gerada na convivência com Rodrigo Folhes e posteriormente Dona Sú, esposa de mestre Darcy (nome de peso na história contemporânea do jongo brasileiro) e que compunha o grupo “Jongados na Vida”. Mas está é uma longa história. Rodrigo aportou no núcleo da tribal trazendo seu “tabiar encantado” e nós nunca mais deixemos de praticar esta arte secular.
Os tambores descansam ao lado do caminhão da Tribal aguardando que
mãos ancestrais os toquem divinamente!
Hoje, o repertório de “pontos” (música que acompanha o toque dos tambores) do grupo de jongo Dona Sú é composto de diversas matrizes jongueiras onde se destacam músicas da serrinha, da roda da Lapa, do Jongo Banto e já iniciamos a inclusão de composições próprias conforme chega o amadurecimento do grupo.